20 junho 2006

Outra Porta

São muitas as grades que encontro
São muitas as portas que abro
e outras tantas que se fecham

Encontro vidas errantes
e perco momentos ganhando novos erros
Encontro outra porta fechada

Vejo sinais de luta
e observo os trôpegos feridos
em busca de chaves sem portas

Ouço um canção ao longe
e abro aquela porta
e eis que encontro
outra porta

Pronome

E um eu sem nome,
e um tu apenas pronome.
Mas se marejas de teus olhos, o sal.
A secura de meu sorriso se desmancha em dor
qual ampulheta que não marca o tempo
e se esqueceu do amor.

Anjos Noturnos

As gotas orvalhadas da noite
são lágrimas dos anjos
a chorar meus erros
e meus erros envoltos em lágrimas
são buscas incessantes
por anjos nas noites

Grades

Olho pela janela
Vejo uma grade
E outra

Lá fora
Grades por todo lado
Só não há acima
E eu não sei voar