09 julho 2010

Começo do fim

começa comigo
as minhas ações
termina em mim
o meu fim
sem ferir corações
sem sentir emoções
uma luz se acende
outro dia nasce
outro tolo nasce
outro fim se aproxima
outra próxima vítima
muitas vezes tão íntima
em rítimo lento
ou frenético
termina comigo
minhas ações
começa meu fim
em mim


Luanda, 10 de lunho de 2010

03 julho 2010

tão finito

Não entendo as mazelas dessa forma
porque nem sei se forma elas têm
não consigo enxergar as tristezas desse jeito
que nem jeito têm de ser tão tristes
menos ainda de buscar alegria em qualquer lugar
algures poderia haver algo mesmo assim
mesmo que não seja belo
que não seja feliz
não seja você
nem seja eu
O que sei, na verdade
é que todos buscam de verdade
por sentimentos tolos de tamanha maldade
pois belos que são
estão apenas na ilusão
por isso eu não entendo as mazelas
porque não sei a forma que elas têm
por isso eu não consigo ver a felicidade
nem iniquidade
naquilo que podem fazer
apenas para se entreter
são segundos, horas ou séculos
de luz e trevas
de vidas e mortes
de obscuridade ou claridade
clarividência nunca será
proficiência talvez
mas nunca se saberá
se a escolha será certa
se a morte será plena
se a vida é, deveras, curta
se o crime não compensa
se o grito será ouvido
se olvido tanta dor
tanto amor

simplesmente será assim
assim o é
para todo o sempre
sempre findo
no infinito
finito


Luanda, 04 de julho de 2010