27 janeiro 2013

Noites perdidas




Noites perdidas
Sonhos intensos
Pesadelos internos
Em sonos pesados
Desvelados
Imagens confusas
Somente gotas
Formando rios
Oceanos cansados
Tolas escuridões
Assim como insonias
Como histórias de ninar
Nascer e dormir
Ah! Etenidade atrasada
Morte cansada
Olhos mareados
Sonhos perdidos
Alma iludida


Natal, 27 de janeiro de 2013

Ainda há tanto...


















Ainda há tanto por fazer
e tanto a esquecer.
Nem saberemos, um dia,
a cor da chuva quando cai
ou onde termina o arco-iris.
Se negra é a cor do infortúnio
e branca a cor do preconceito.
A coloração do infortúnio
é fétida e sem graça.
Assim como crer na eternidade
pode ser tolo,
mas pode ser parte do todo.
Ainda há tanto por fazer...


Natal, 27 de janeiro de 2013

26 janeiro 2013

Esperança



















Doce esperança em um céu de brigadeiro
e o luar aparece de tênue azul
onde almas felizes sorriem embevecidas.
Tantas outras sorriem gratuitamente,
dizem ser a primavera chegando.
O humor suave de brisas descontroladas
e brumas acessíveis acalentam os desavisados.
Fugaz se mostra tão repentino ambiente,
às vezes "caliente" ou até mesmo contente.
Crédulos em paraíso vindouro
rezam suas ladainhas,
nem monótonas,
nem enfadonhas.
Olhos cegos creem no futuro
                       certo, dizem.
Repetem uma vez mais o amém.
O cortejo prossegue.
O féretro com sua carga,
                      caminha.
Garoa triste em descompasso
acaricia peles e tecidos.
Uma última palavra,
uma lembrança
e um adeus

Natal, 23/12/2012

19 janeiro 2013

Inaudível


O mundo gira inaudível.
E somos nós surdos,
Que, mudos, não alertamos ninguém.
O mundo gira insensível.
E todos nós, tolos,
Choramos pelas misérias alheias.
O mundo ainda gira
E nós ficamos parados,
Levados pelo mundo... cão ou não.
O mundo não para,
O tempo não nos ouve.
Nós não ouvimos ninguém.
O mundo gira inaudível.
O mundo gira.
O mundo não para,
A vida sim.

Natal, 19 de Janeiro de 2013