Sei que não se importam com essas vidas insignificantes
E nem com a astúcia dos lobos e felinos
Nem ao menos com o odor pútrido a atrair abutres e urubus
Mas essa felicidade é violenta demais
Que mudassem as cores de suas bandeiras
Sangrassem menos noites tumultuadas e sem viço
Ou dormitassem outras gargalhadas insanas
Só que essa felicidade é violenta demais
As mais infantis anedotas
As mais infames poesias pagãs
As mais carolas preces
Não perdoam tanta felicidade
Luanda, 23 de abril de 2009
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