23 abril 2009

Quando volto para casa

Quando a noite acorda assim meio tola
Meio tola sei que não és e nem mesmo sei quem poderá ser
Quando o dia acorda antes da noite se acabar
Acaba-se o dia mesmo sem chegar ao seu fim
Quando as nuvens choram muitas dores
Muitas dores em olhos amarados vão se acordar
Quando o hálito puro das ervas frescas está de ressaca
Bafeja doce podridão das tempestades findas
Quando as criações absurdas de poetas insanos se mostram
Se mostram nuas a toda gente pudica
Quando volto para casa à tardinha
À tardinha, apenas volto para casa


Luanda, 23 de Abril de 2009

Um comentário:

stella disse...

E a cada volta pra casa/Levamos as contradições do mundo/Nas tardinhas o cansaço acumulado/E voltamos sempre/Pro mundo que criamos/De sossego e descanso/Logo outro dia começará.....Amigo,li,amei,todos os seus poemas..parecem um cadinho desse seu jeito de ser.....Beijinho..=).

Stella