15 novembro 2007

Lente

Contemplar assim de perto
o que parece tão frágil
miserável e sem graça.
Em meio ao universo grandioso,
apenas um ponto,
um nada sem história.
Em lente poderosa trasforma-se,
transmuta-se em algo
que pode-se sentir.
Agora definidos ou quase
serão malditas as horas seguintes.
Benditas por se querer deslindar
mantendo belas ou não
as novas vidas desengraçadas,
entrelaçadas em mil causos
e cada um sem fim.
Por qual olhar curioso sofres assim?
A distância bem vinda os chama.
Seria melhor apenas os números
e as distâncias cada vez maiores.

2 comentários:

Tatiane disse...

Adorei! Adorei!
A cada dia que passa estás a escrever melhor, e a cada dia que passa parece conhecer intimamente a tristeza... será isso bom ou ruim?

Abraços, e fica na PAZ!

Marcilon disse...

A intimidade da tristeza é conhecida de todos nós. Nós é que fugimos desse conhecimento ou fingimos, não sei. Mas eu gosto de falar da tristeza, acho até que é por não ser uma pessoa triste, pois aí não tem problema.
Obrigado pelos elogios, desse jeito vou acabar acreditando.

Grande abraço, amém.